Um Lugar...

Nosso principal objetivo é acordar o Ser Humano, apoiar os despossuídos e alertar os poderosos... usando a cultura e o pensamento para esbofetear os medíocres... ou não! Todas as histórias contadas aqui são verídicas, os nomes foram trocados para proteger os inocentes...


Roger Borges (Pesquisador, Jornalista e Blogueiro Ocasional)
Bruno Cavalcanti (Jornalista, Blogueiro e Pensador)

domingo, 16 de dezembro de 2012

Band On The Run: Uma Música em Três Atos



Paul McCartney tem o poder de se inovar, após a saída dos Beatles, em 1970, ele lançou uma sólida e duradoura carreira solo. Claro, teve discos ruins, mas isso é normal para um músico que tem uma extensa discografia. Paul também soube superar a crise da indústria fonográfica fazendo shows, cuja infraestrutura é gigantesca e a qualidade dos concertos é inquestionável. 

E nessa quarta-feira (12), o ex-Beatle, impressionou o público presente no festival “12.12.12”, em Nova Iorque, no qual a renda foi revertida para as vítimas do furacão Sandy. Quando subiu ao palco com Dave Grohl, Krist Novoselic e Pat Smear, membros remanescentes da extinta banda Nirvana, e tocaram “Cut Me Some Slack”, uma composição feita especialmente para o evento. Após a apresentação, tanto o público como os críticos especializados em rock, ficaram impressionados com a performance da banda e (principalmente) de McCartney.



Após assistir esse vídeo, comecei a repassar algumas músicas da carreira desse grande artista, quando reparei na canção “Band on the Run” do álbum de mesmo nome, lançado em 1973, junto ao grupo Wings. Reparei que a estética musical é composta por três passagens, no qual se pode analisar uma estrutura complexa e elabora ao estilo das canções do disco “Stg. Pepper’s Lonely Hearts Club Band”, de 1967, dos Beatles.


“Band on the Run” começa de forma suave, com um slide de guitarra, já na segunda parte da música, há uma mudança de sonoridade indo para o hard rock, tento teclados ao estilo Space Rock e com ótima levada de baixo. Já a ultima parte da música, vem acompanhada pela viola elétrica de 12 cordas, fazendo uma sonoridade mais animada. Em pouco mais de cinco minutos de canção, pode-se perceber que a música contém três passagens como se cada uma delas fosse um ato de uma cena. E a letra também se divide: A primeira parte trata de um preso lamentando que jamais poderá apreciar à beleza de sua mãe novamente; segunda parte remete ao condenado dizendo que se um dia sair de sua prisão, irá doar seus pertences para caridade; já a última parte da letra, contanto com a estrofe, mostra que a banda de detentos conseguiu fugir de seu cárcere com êxito.


Paul lançou esse disco em dezembro de 1973, e até hoje é considerado o melhor e mais completo trabalho de McCartney, canções como “Jet”, “Let Me Roll It” além da faixa-título são executadas até hoje em seus shows. Esse disco é altamente recomendado, mesmo que você não seja fã da carreira solo de Paul, esse trabalho é essencial para qualquer fã de rock setentista, pois após 39 anos de seu lançamento as músicas continuam atemporais.


By Bruno "Bluebird" Barni

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A Última Tentação de Biafra

Vou falar hoje de uma banda que eu curto muito, chamada Lard. É uma banda de harcore / punk que surgiu em 1988, e é um projeto da mente de Jello Biafra (mais conhecido como ex-vocal do Dead Kennedys). Além de Biafra (vocal), a banda conta com Al Jourgensen (guitarra, fundador e único membro fixo da banda Ministry), Paul Barker (baixo) e Jeff Ward (bateria), ambos ex-Ministry também. Outros ex-membros do Ministry também fizeram parte do projeto posteriormente como Bill Rieflin , Mike Scaccia , e Rey Washam. 

Como sempre nos trabalhos de Biafra, as letras são ácidas, cheias de raiva política, críticas e claro, muito humor. Para quem se interessar em prestar atenção, as letras são um show a parte, apesar do som ser ótimo e na mesma proporção de qualidade. Por volta de 2007 fizeram algumas turnês ao redor de São Francisco (da onde Biafra comanda sua gravadora a Alternative Tentacles), também abriram vários shows do próprio Ministry pelos U.S.A. Assim como suas bandas derivadas, Dead Kennedys e Ministry, o Lard tem sua importância na história da música devido a qualidade do seus temas e a qualidade profissional e sonora dos seus membros que dispensam comentários, quem conhece as bandas citadas já sabe o que esperar. 

Em 2009 Jourgensen afirmou em entrevista que estava, junto com Biafra, planejando um novo álbum do Lard, mas no ano seguinte Jello Biafra jogou um balde de água fria na galera, dizendo que um novo álbum seria improvável por não conseguirem separar um tempo para isso, mesmo porque o Lard não é uma banda fixa. Também pudera, Eric Reed Boucher (Biafra), é membro do Partido Verde no U.S.A, cuida de seus negócios, sua gravadora e participa de debates e palestras por todo país (tem até cds gravados com suas palestras, acreditem) o cara gosta de falar e se envolver em causas políticas.

Discografia:

  • The Power of Lard – (12"/CD/Cass EP) 1989 - Alternative Tentacles • (12" EP) 1989 - Fringe Product
  • I Am Your Clock – (12" EP) 1990 - Alternative Tentacles
  • The Last Temptation of Reid – (LP/CD/Cass Album) 1990 - Alternative Tentacles
  • Pure Chewing Satisfaction – (LP/CD/Cass Album) 1997 - Alternative Tentacles
  • 70's Rock Must Die – (12"/CD EP) 2000 - Alternative Tentacles
Desses só possuo dois, os que estão na foto.

Para quem quiser saber mais sobre o cabra... Jello Biafra 
E o Ministry para quem não conhece... Ministry

Deixo um som que eu curto muito que faz parte do álbum The Last Temptation of Reid, e também faz parte da trilha sonora do filme "Natural Born Killers" (Assassinos por Natureza) de 1994, dirigido por Oliver Stone e com participações de Woody Harrelson, Robert Downey Jr., Tommy Lee Jones, Tom Sizemore e outros. 

 
By Roger "Pineapple Face" Himura