Um Lugar...

Nosso principal objetivo é acordar o Ser Humano, apoiar os despossuídos e alertar os poderosos... usando a cultura e o pensamento para esbofetear os medíocres... ou não! Todas as histórias contadas aqui são verídicas, os nomes foram trocados para proteger os inocentes...


Roger Borges (Pesquisador, Jornalista e Blogueiro Ocasional)
Bruno Cavalcanti (Jornalista, Blogueiro e Pensador)

sábado, 16 de outubro de 2010

"Frank Vincent e os Ratos Quentes"



Bom a data já passou mas como o Cavalcanti esqueceu estou postando hoje para todos se lembrarem. No dia 10 de Outubro de 1969 (a 41 anos) Frank Zappa lançava seu primeiro álbum solo após a dissolução de sua banda Mothers of Invention. O álbum, que segundo Zappa foi gravado num "gravador caseiro de 6 canais", contém seis faixas instrumentais sendo Willie the Pimp com breves vocais do seu chapa Captain Beefheart (Don Van Vliet).
 Segue o Tracklist:
  1. "Peaches en Regalia"
  2. "Willie the Pimp"
  3. "Son of Mr. Green Genes"
  4. "Little Umbrellas"
  5. "The Gumbo Variations"
  6. "It Must Be a Camel"
As composições estão muito muito próximas do jazz, com estruturas mais soltas, todas de maravilhosa audição como "Peaches en Regalia" uma de suas mais conhecidas composições e “The Gumbo Variations”, um rhythm and blues de quase treze minutos de duração, que é uma experiência única, e que deveria ser recomendada para toda e qualquer pessoa que tem a música como um dos elementos principais da sua vida.
Por que estamos lembrando dessa data? Porque é Zappa ora e este petardo marca uma mudança considerável em sua carreira. Além de Van Vliet o álbum conta com músicos como Ian Underwood e Don Harris entre outros. Bom pra terminar uma curiosidade: a figura da capa que é apontada até hoje como o próprio Zappa por muitos, é na verdade Christine Frka, uma das integrantes dos groupies que seguia Zappa e sua banda e foi tirada em uma mansão de Beverly Hills. Hot Rats leva o ouvinte a uma viagem fantástica, da qual ele jamais se esquecerá.

By Roger "Freak Out" Himura




sábado, 9 de outubro de 2010

Vingador Tóxico. A Pérola Esquecida.



Em 1985 surgia (que é para mim) o melhor filme trash de todos os tempos o genial (e engraçadíssimo) “Vingador Tóxico” (Toxic Avenger). Na  trama jovem  fracassado, que trabalha como faxineiro de uma academia de ginástica e é vitima de constantes humilhações pelos brutamontes da academia, acaba caindo acidentalmente dentro de um galão de lixo tóxico e retorna como um monstro que combate o crime usando um esfregão de limpeza. Abusando da violência explícita, clichês e fazendo o telespectador rir aos invés de assustá-lo. O filme de baixo orçamento, acabou se tornando “Cult” dentro do gênero dos filmes trashs. 

domingo, 3 de outubro de 2010

Vamos Protestar? (Parte 2)

5º Jimi Hendrix – “Star-Spangled Banner”: (A antológica versão de Hendrix para o hino norte-americano, que foi recebida como “insulto” para os americanos mais conservadores.)

6º Mc5 - “Kick Out The Jams”: (Gravar um disco em 1969 com uma música cujo refrão é “deixem de frescura seus filhos da puta” realmente deixou enfurecido os conservadores).
7º Bob Dylan – “Hurricane”: (Dylan fez essa música protestando contra a prisão do pugilista Rubin “Hurricane” Carter, que foi acusado injustamente de assassinato, sendo que após longos anos de prisão Rubin foi finalmente solto e o verdadeiro assassino nunca foi encontrado. Em 1999 essa história se tornou um filme com o ator Denzel Washington no papel principal).

8º Sex Pistols – “God Save The Queen”: (Música lançada no ano que o movimento punk estourou na Inglaterra, onde a letra ataca a realeza britânica).
9º Neil Young – “Rockin' In The Free World”: (Música que Young fez para protestar contra o governo de Ronald Reagan.)

10º The Mothers Of Invention – “We´re Only In It For The Money”: (Eu sei que propus somente músicas e não discos, porém esse quarto álbum de Frank Zappa além de ser todo satírico contém letras “ácidas “ atacando o conservadorismo americano e satirizando o movimento hippie no seu auge. Com isso , esse álbum é considerado um dos discos mais importantes do século 20).

Por Bruno Cavalcanti

Vamos Protestar? (Parte 1)

É época de eleição e claro que não vou falar de política ou fazer apologia de algum partido ou ideal, simplesmente vou listar as minhas 10 músicas preferidas de protesto, pois já que é período eleitoral, nada melhor que “protestar” escutando ótimas músicas com esse ideal. Boa Diversão!
1º Bob Dylan - “Blowin' In The Wind”: (Essa música que se tornou um hino do movimento dos direitos civis).

2º Joan Baez – “I Dreamed I Saw Joe Hill Last Night”: (Balada tradicional sindicalista, que Joan cantou em Woodstock, em protesto sobre a prisão e os maus tratos que seu marido David, sofria na cadeia.)

3º Country Joe & The Fish - “Feel Like I'm Fixing To Die Rag (Next Stop Vietnam)”: (Música de protesto contra a guerra do Vietnam com um tom satírico como no refrão “é um, dois, três, para o que estamos lutando? Não me pergunte eu não ofereço uma boa resposta, a nova parada é o Vietnam. E é por cinco, seis, sete, abra os portões divinos. Não é hora de perguntar o motivo, Whoopee! Todos nós vamos morrer!”)
4º John Lennon – “Give Peace A Chance”: (“Dê uma chance a paz”).

 Por Bruno Cavalcanti

sábado, 2 de outubro de 2010

The Velvet Underground & Nico : O álbum revolucionário!


“Como é que alguém pode fazer um álbum com um som de merda desses? Isso é nojento! Toda essa gente me dá no saco! Gentalha hippie fodida!Beatnikis fodidos, sou a afim de matar todos eles!esse som é um lixo!(Depois , uns seis meses depois, o disco me pirou.)Oh, meu deus!Uau!Esse é uma porra de um disco genial!” citação de Iggy Pop, sobre  o 1º álbum do Velvet Underground.
Exagero? Ou pura genialidade? Mas o fato que o THE VELVET UNDERGROUND & NICO, é um dos discos mais cultuados e importante de todos os tempos.
A banda de Nova York, foi formada em torno de 1965 com a formação clássica com Lou Reed (guitarra e vocal),John Cale (Baixo,piano), Sterling Morrison( Rythm Guitar) E Maureen Tucker(Bateria), encontrou na  Factory (estúdio do  artista plástico Andy Warhol) seu quartel-general para poder ensaiar e gravar o 1º disco.
Como Paul Morrisy (empresário dos Velvets) queria que a banda alavancasse com o álbum de estréia, ele junto com Warhol, colocaram na banda, Nico, uma atriz alemã e amiga de Warhol para cantar na banda ,porém ,Lou Reed, não queria deixar ela cantar, então ela só cantou três musicas do álbum “Femme Fatale” , “ All Tomorrow´s Parties”e “I´ll Be Your Mirror”.
Gravado em uma única sessão de 8 horas em Nova York, e com o custo em torno de 2mil dólares, o disco tem o som abafado, e suas letras..bem as letras, quase todas escritas por Lou Reed, retratavam justamente o que a sociedade conservadora americana não queria saber, como travestis, sadomasoquismo,traficantes, viciados e a antológica “Heroin”(heroína) onde a música vai acelerando conforme a narrativa vai ficando mais intensa com os efeitos da droga se expandindo no viciado.Com guitarras distorcidas e letras agressivas, o álbum é considerado por muitos o “ponto zero” do punk, influenciando bandas como Stooges, Ramones , Joy Division, Jesus and Mary Chain, Sonic Youth, e etec.
A capa do álbum (conhecida também como o álbum da banana) foi feita por Andy Warhol, e é uma banana onde você poderia tirar a casca da banana(que é um adesivo) e ao tirar, tinha uma banana roxa(fazendo realmente duplo sentido ao ato sexual) e quando o álbum foi lançado a crítica achava que era mais uma “brincadeira” de Warhol , pelo fato do álbum ter sido lançado sem o nome da banda só com a banana e a assinatura de Warhol (inclusive a edição da época é considerado raro entre os fãs).Mas o álbum mesmo não foi muito bem recebido e as músicas quase não foram executadas pelas rádios da época.Mesmo com passar dos anos esse álbum ainda ao inovador e único.

 Por Bruno Cavalcanti

Dos Primórdios Até Hoje Em Dia...

"Dos primórdios, nos anos 70, até os desdobramentos nas décadas que se seguiram, o livro do escritor e jornalista americano  (e viciado em Metal) Ian Christe, mostra a história por meio de textos bacanas, fotos, listas dos melhores discos, músicas, datas importantes e segredos de bastidores.
O Metal, que mudou os rumos da música,influenciado pelo rock´n´roll, mas com adições extras de guitarras pesadas e vocais ensandecidos. A obra é fascinante para os fãs do Heavy Metal, bastante detalhista , o autor começa contando a história do Black Sabbath e os motivos de Tony Iommi ser o grande arquiteto do metal.
"Heavy Metal – A História Completa", mostra toda evolução do estilo e relata como ela chegou nos Estados Unidos e outros países. Boa dica para quem quer saber um pouco mais sobre esse nosso amado estilo de vida. Metal Is 4Ever!!!"

By Roger "Fury Of The Wild" Himura

Mate-me Por Favor: A “bíblia” do Punk.

"Mate-me Por Favor", nome sugestivo não? Mas no caso desse livro trata da história do movimento punk, contado através de várias entrevistas, com músicos, empresários, produtores ,grupies e etc. Iggy Pop, Debbie Harry, Nico, Lou Reed , Wayne Kramer, Danny Fields, Malcon MacLaren , Bebe Buell e um monte de pessoa que participaram ou assistiram de perto o nascimento desse estilo controverso que é o punk.
Encabeçado por "Legs" McNeil e Gilliam McCain (ambos viveram e presenciaram o movimento e criaram uma revista chamada "punk" na qual o movimento foi batizado) foram os realizadores desse livro, onde a dupla pegou várias entrevistas da época e outras e fizeram uma colagem, dando "gancho" a cada um falar um pouco sobre o Punk.
A história do livro começa em 1965 com o Velvet Underground e vai passando por várias outras bandas como Mc5, Stooges, New York Dolls , Sex Pistols e por lugares como a Factory do Andy Warhol, Max´s Kansas City (bar badalado nos anos 60/70 onde várias bandas como Velvet Underground, Johnny Thunders gravaram discos ao vivo) até chegar no cultuado GBGB´s , onde o bar foi palco para bandas como Television e Ramones e ganhou o título de “berço do Punk”.O enredo do livro começa em 1965 e vai até 1992, captando em detalhe a influência, nascimento e a morte do Punk, e com uma linguagem simples e até mesmo obscena (pelos relatos de drogas, prostituição e tráfico) mostrando tudo de uma forma explícita e direta, e até mesmo tem momentos que os músicos contam o mesmo fato de formas diferentes, pois o livro também dá o ponto de vista de vários músicos sobre uma determinada parte da história.
Esse livro é ótimo, para quem já conhece toda à história e melhor ainda pra quem não sabe, pois o livro ele é focado no movimento, dando maior importância a parte musical do Punk e da “moda “que revolucionou o mundo ao estourar em 1977 e mostra os fatores que levaram a criação desse movimento que foi um marco pra cultura pop.

 Por Bruno Cavalcanti