Um Lugar...

Nosso principal objetivo é acordar o Ser Humano, apoiar os despossuídos e alertar os poderosos... usando a cultura e o pensamento para esbofetear os medíocres... ou não! Todas as histórias contadas aqui são verídicas, os nomes foram trocados para proteger os inocentes...


Roger Borges (Pesquisador, Jornalista e Blogueiro Ocasional)
Bruno Cavalcanti (Jornalista, Blogueiro e Pensador)

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Tour pela Europa com Kraftwerk.



A banda alemã Kraftwerk, ficou muito conhecida na década de 70, além de ser um dos grupos mais respeitados de Kraut-Rock, foram também um dos responsáveis pela popularização do sintetizador ,um instrumento que por sinal influenciou Brian Eno, a criar o ambient music, e o Bowie a fazer a clássica “trilogia de Berlim”, uma sequencia de três discos que foram gravados na Alemanha, onde se tem muita influência do Kraftwerk e outros elementos do Kraut-Rock.
Em 1977, é lançado o sexto trabalho da banda o “Trans-Europe Express”. Seguindo a linha dos álbuns anteriores, todos feitos somente com sintetizadores, o disco é literalmente uma viagem à Europa, totalmente futurista onde músicas como: “Europe Endless”, “The Hall Of Mirrors”, já criam um ambiente totalmente surreal e paranoico. A faixatítulo (que já teve um trecho em uma vinheta da MTV Brasil),é uma das melhores músicas da banda, onde na letra faz uma citação de Bowie & Iggy Pop, que estavam na Alemanha nessa época e ambos são fãs da banda até hoje. A “Franz Schubert” é um ambient music totalmente futurista.
O Trans-Europe Express, é o tipo de álbum que além de ter sido uma obra revolucionária, pelo uso (até então) inovador de tecnologia de sequenciador. Esse disco é mais uma das pérolas que são obrigatórias ter em qualquer coleção.

Por Bruno C Barni

sexta-feira, 10 de junho de 2011

A Obra Definitiva do Jane´s Addiction.



Se o “Nothing´s Shocking” de 1988, fez o Jane´s Addiction ser: conhecido, ajudou a abrir espaço na MTV, e  a preparar o terreno para a explosão do underground liderada pelo Nirvana com o antológico “Nevermind”de1991 – “Ritual de Lo Habitual” de 1990 é o resgistro definitivo da banda.
O segundo álbum do grupo pelo selo da Warner Bros (e terceiro disco da discografia oficial), “Ritual...” segue na linha do seu antecessor, porém com músicas mais acessíveis, não chegou a elevar o grupo ao mainstream, porém consolidou sua importância na cena alternativa dos anos 90 (em 1991 a banda terminaria, mas antes Perry Farrell criaria o festival Lollapalooza). Logo de cara o disco começa com a pegada funk Metal de “Stop”, logo após temos as ótimas “No Ones Leaving” , “An´t No Rigth”, “Obvious”, e a faixa 5, a genial ”Been Caught Steling”, música no qual ficou conhecida tanto pelos latidos de cachorro (do Perry), como pelo bizarro videoclipe (onde aparece uma dreag queen em um super-mercado roubando as mercadorias). Após essa excelente música (e single do álbum), temos “Three Days” uma viagem psicodélica com quase 11 minutos de duração,”Then She Did...” ,“Of Course” uma bela canção com um instrumental a lá Oriente Médio (só para relembrar, o deus da guitarra David Navarro e os excepcionais Erick Arvey no baixo e o Stephen Perkins na bateria, dão o ritimo certo às músicas), e a “viajem” termina com “Classic Girl”, uma bela balada para a musa de Farrell – Casey Nicolli (que junto com Perry, ajudou a criar a capa do disco, que faz referencia ao ménage-à-trois).
Depois desse grandioso trabalho o Jane´s Addiction terminou e voltou à ativa, e em 2003 lançou o bom “Strays”,porém “Ritual de Lo Habitual”,ainda é a obra mais acessível da banda e merece total reconhecimento das próximas gerações.

Por Bruno Barni

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Nick Cave & the Bad Seeds - Live!


Pelo título da coluna de hoje, você, caro leitor, deve estar imaginando que escreverei sobre o excelente “Live Seeds” de 1993, gravado durante a turnê do disco “Herry´s Drem”, no caso o foco hoje é álbum duplo lançado em 2007, gravado durante a turnê do álbum “Abattoir Blues-The Lyre Of Orpheus” de 2004.
Abattoir Blues Tour, é um ao vivo, tão bom quanto o já citado “Live Seeds”,mas claro que esse registro, tem sua importância, porque além de captar Cave junto dos Seeds na década de 90, a banda contava com toda à habilidade musical de Blixa Bargeld na guitarra. Mas voltando ao”Abattoir..”, o disco começa com a lindíssima balada “O Childrem”que logo de início cria o clima soturno comum nos trabalhos de Cave (inclusive, essa música aparece em uma cena do filme Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1). Às cinco primeiras canções são mais recentes (na época), mas logo Nick solta uma seguencia de clássicos como: “Red Right Hand”,”The Ship Song”,”The Weeping Song”, e fecha o disco 1, com uma versão de 8 minutos da “épica” “Staggar Lee”, a bela balada morbida de Cave, que faz parte do “Murder Ballads”(1996), onde os Bad Seeds (para variar), tocam seus instrumentos de forma genial, mesclando sutileza até o caos sonoro.
O disco 2 começa com outra bela balada a “Carry Me”, onde tem o belo acompanhamento de violino, cortesia do sr. Warren Ellis. A “Let The Bells Ring”, Nick dedica à canção ao Johnny Cash. Nesse Segundo cd, a maioria das canções como: “Easy Money”, Supernaturally”,”God In Is The House” e outras, são belas baladas, (novamente), com um competente trabalho instrumental dos Bad Seeds, onde piano, violino, guitarra, baixo, bateria e a própria voz de Cave entram em uma bela harmonia, que segue até o final do álbum, que por sinal nos reserva a clássica “Deanna”, e o show é encerrado com a ótima “Lay Me Low”.
Abattoir Blues Tour, é o tipo de disco, que além de ser obrigatório ter em sua discografia (principalmente para se escutar em dias chuvosos e frios), mostra um Nick Cave & the Bad Seeds, já na casa dos 40 anos para cima, mas sem perderem à criatividade ou suas qualidades musicais.

Por Bruno C Barni