Pelo título da coluna de hoje,
você, caro leitor, deve estar imaginando que escreverei sobre o excelente “Live
Seeds” de 1993, gravado durante a turnê do disco “Herry´s Drem”, no caso o foco
hoje é álbum duplo lançado em 2007, gravado durante a turnê do álbum “Abattoir
Blues-The Lyre Of Orpheus” de 2004.
Abattoir Blues Tour, é um ao
vivo, tão bom quanto o já citado “Live Seeds”,mas claro que esse registro, tem
sua importância, porque além de captar Cave junto dos Seeds na década de 90, a
banda contava com toda à habilidade musical de Blixa Bargeld na guitarra. Mas voltando
ao”Abattoir..”, o disco começa com a lindíssima balada “O Childrem”que logo de
início cria o clima soturno comum nos trabalhos de Cave (inclusive, essa música
aparece em uma cena do filme Harry Potter e as Relíquias da Morte – Parte 1). Às
cinco primeiras canções são mais recentes (na época), mas logo Nick solta uma
seguencia de clássicos como: “Red Right Hand”,”The Ship Song”,”The Weeping Song”,
e fecha o disco 1, com uma versão de 8 minutos da “épica” “Staggar Lee”, a bela
balada morbida de Cave, que faz parte do “Murder Ballads”(1996), onde os Bad
Seeds (para variar), tocam seus instrumentos de forma genial, mesclando sutileza
até o caos sonoro.
O disco 2 começa com outra bela
balada a “Carry Me”, onde tem o belo acompanhamento de violino, cortesia do sr.
Warren Ellis. A “Let
The Bells Ring”, Nick dedica à canção ao Johnny Cash. Nesse Segundo cd, a
maioria das canções como: “Easy Money”, Supernaturally”,”God In Is The House” e
outras, são belas baladas, (novamente), com um competente trabalho instrumental dos
Bad Seeds, onde piano, violino, guitarra, baixo, bateria e a própria voz de
Cave entram em uma bela harmonia, que segue até o final do álbum, que por sinal
nos reserva a clássica “Deanna”, e o show é encerrado com a ótima “Lay Me Low”.
Abattoir Blues Tour, é o tipo de
disco, que além de ser obrigatório ter em sua discografia (principalmente para
se escutar em dias chuvosos e frios), mostra um Nick Cave & the Bad Seeds, já na
casa dos 40 anos para cima, mas sem perderem à criatividade ou suas qualidades
musicais.
Por Bruno C Barni
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