Se o “Nothing´s Shocking” de 1988, fez o Jane´s Addiction
ser: conhecido, ajudou a abrir espaço na MTV, e a preparar o terreno para a explosão do
underground liderada pelo Nirvana com o antológico “Nevermind”de1991 – “Ritual
de Lo Habitual” de 1990 é o resgistro definitivo da banda.
O segundo álbum do grupo pelo selo da Warner Bros (e
terceiro disco da discografia oficial), “Ritual...” segue na linha do seu
antecessor, porém com músicas mais acessíveis, não chegou a elevar o grupo ao mainstream,
porém consolidou sua importância na cena alternativa dos anos 90 (em 1991 a
banda terminaria, mas antes Perry Farrell criaria o festival Lollapalooza).
Logo de cara o disco começa com a pegada funk Metal de “Stop”, logo após temos
as ótimas “No Ones Leaving” , “An´t No Rigth”, “Obvious”, e a faixa 5, a genial
”Been Caught Steling”, música no qual ficou conhecida tanto pelos latidos de
cachorro (do Perry), como pelo bizarro videoclipe (onde aparece uma dreag queen
em um super-mercado roubando as mercadorias). Após essa excelente música (e
single do álbum), temos “Three Days” uma viagem psicodélica com quase 11
minutos de duração,”Then She Did...” ,“Of Course” uma bela canção com um
instrumental a lá Oriente Médio (só para relembrar, o deus da guitarra David
Navarro e os excepcionais Erick Arvey no baixo e o Stephen Perkins na bateria,
dão o ritimo certo às músicas), e a “viajem” termina com “Classic Girl”, uma
bela balada para a musa de Farrell – Casey Nicolli (que junto com Perry, ajudou
a criar a capa do disco, que faz referencia ao ménage-à-trois).
Depois desse grandioso trabalho o Jane´s Addiction terminou
e voltou à ativa, e em 2003 lançou o bom “Strays”,porém “Ritual de Lo Habitual”,ainda
é a obra mais acessível da banda e merece total reconhecimento das próximas
gerações.
Por Bruno Barni
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